O consumo excessivo das massas e o domínio do capital sobre o poder público não são nada mais do que reflexos da nossa capacidade natural de estar no topo da cadeia alimentar. A mercadoria, porém, é o combustível para o capital gerar mais combustível, ou seja, mais mercadoria que gerará mais e mais combustível, em um ciclo interminável que poderá gerar o nosso fim. Somos reféns da nossa causa e causadores da nossa extinção. A desigualdade causada pela má distribuição de renda e consumo excessivo de uns perante outros é simplesmente reflexo dessa natureza; contudo, nenhuma natureza terrestre é tão desigual quanto a do homem, talvez por ser muito mais competitiva e violenta que qualquer outra.
Não há nada de novo debaixo do sol
“Dois homens de meia-idade conversam na varanda de uma casa, apreciando o pôr do Sol. Um deles diz: ‘Quando o mundo estiver nas mãos dos jovens, a civilização estará acabada. Eles não respeitam os valores tradicionais de nossos antepassados. Eles são fúteis e irresponsáveis. Só pensam em diversão e não querem nada com estudo e trabalho.’
Anos 90
Às vezes começamos do jeito errado, mas no final o otimismo permite e nos ajuda a continuar a busca pelo certo, sempre com uma gota a mais para benefício próprio, é claro, sorrindo enquanto outros choram. O ideal seria pensar em todos de forma plana, igual, e não como em uma balança. A verdade é que isso não acontece. Podem haver casos, claro, as exceções ainda existem, e no mundo real isso é apenas uma mera coincidência.