Pensamentos do Vácuo
Atravessando o nada e compondo o todo
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DALL·E 2024-03-25 13.01.23 - In this sepia-toned vintage composition, we see a collection of objects arranged on an aged wooden surface, each symbolizing aspects of modern life bl

O Dilema do Conhecimento

A fé e o orgulho frequentemente caminham juntos.

Acreditar que estamos corretos ao adotar certas atitudes ou pensamentos é, na verdade, uma ilusão. Essa fé se transforma em orgulho quando optamos por ignorar as opiniões alheias, acreditando que é correto fazê-lo em vez de questionar. Questionar e esclarecer dúvidas é a maneira mais simples de descobrir o que antes era desconhecido.

O conhecimento, oposto do desconhecido, é vasto e incontestável. Nada se renova sem ser criticado, nada se torna original sem ser questionado.

Sejamos honestos!

O conhecimento é sempre acumulativo; nada surge do vazio. É necessário estudar e refletir, conhecer e compartilhar, imaginar e realizar algo que, para alguns, parece apenas perda de tempo.

Se todos fossem meros espectadores, o espetáculo não aconteceria, as cortinas não se abririam e os sorrisos não seriam genuínos.

Sempre haverá quem pense pelos outros, quem aja pelos outros e quem sofra pelos outros, e ainda assim, é possível encontrar prazer nisso tudo. Afinal, todos nós temos esperança, não é mesmo? Sempre acreditaremos em dias melhores e estaremos dispostos a achar que tudo isso realmente faz sentido (o positivismo nos trouxe até aqui, afinal). Porque, se não fizesse sentido, não teria a menor graça continuar, não haveria razão para alcançar.

Entre a fé e o conhecimento, o paradoxo reside na escolha entre o conforto da certeza e a coragem do questionamento.

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1 ano ago Inspiração • Tags: Pictures, Social Media, Sports, Tips, Women

DALL·E 2024-03-25 14.12.53 - In a dimly lit, old-fashioned train compartment, a diverse group of passengers is visibly agitated, engaged in animated discussions. The focus is on a

Que se faça luz

Antes de ler você precisa saber que o “Apólogo Brasileiro sem Véu de Alegoria”, de “Alcântara Machado”, é um conto que narra um episódio peculiar ocorrido durante uma viagem de trem de Magoarí para Belém. O ponto central da trama é a reação dos passageiros à ausência de luz dentro do vagão, o que serve de metáfora para questões mais amplas como desconforto, negligência e a busca por justiça.

O conto começa com os passageiros se acomodando em um vagão escuro, sem iluminação adequada, o que já estabelece um tom de desconforto e insatisfação. A situação toma um rumo inesperado quando um cego, paradoxalmente, reclama da falta de luz, desencadeando um debate entre os passageiros sobre como lidar com a situação. Esse momento destaca a ironia e o absurdo da situação, com o personagem menos provável – o cego – iniciando o conflito.

João Virgulino, um dos passageiros, emerge como uma figura central ao explorar possíveis soluções para o problema. As sugestões variam desde a violência até formas mais pacíficas de protesto, mas nenhuma parece viável. Em um ato de frustração e rebeldia, João decide arrancar o banco em que está sentado e jogá-lo para fora do trem, um gesto que rapidamente é seguido pelos outros passageiros, transformando-se em um ato coletivo de protesto.

O trem chega ao seu destino e as consequências do ato de revolta dos passageiros rapidamente se espalham pela cidade, atraindo a atenção da mídia e das autoridades. Um inquérito é aberto para investigar o incidente, e de forma irônica e injusta, o cego é identificado e punido como o responsável pelo motim, evidenciando a ineficiência e a injustiça do sistema em lidar com as verdadeiras questões em jogo.

Com isso, que se faça luz na escuridão

O conto “Apólogo Brasileiro sem Véu de Alegoria”, de Alcântara Machado, traz à tona a essencialidade da luz, ou melhor, a sua ausência, desencadeando um turbilhão de eventos na narrativa. O autor, habilmente, vai além da simples falta de iluminação ou do comentário de um cego para revelar a verdadeira causa do tumulto no trem de Magoarí para Belém: a insatisfação dos personagens com o desconforto e a falta de consideração humana dentro dos vagões escuros.

A ironia se destaca na obra, com o cego, aparentemente alheio ao cerne do problema — a luz, ou a falta dela — sendo o gatilho para o conflito. Este personagem, sem interesse direto na questão da iluminação, incita os demais passageiros a reagir, não necessariamente para solucionar o problema, mas como um impulso inicial para expressar seu descontentamento com a situação precária.

João Virgulino, um dos passageiros, busca alternativas e questiona os outros sobre possíveis ações. As sugestões variam desde extremos, como matar o chefe do trem, até propostas mais pacíficas, como organizar uma passeata. Eventualmente, sem opções viáveis, João inicia um ato de vandalismo, arrancando e jogando para fora do trem o banco em que estava sentado. Este ato de rebeldia, apoiado pelos demais passageiros, transforma-se em um símbolo de protesto contra as condições adversas.

O episódio ganha notoriedade na chegada à cidade, com a mídia local divulgando o ato de motim dos passageiros. A atenção das autoridades leva à instauração de um inquérito, que ironicamente incrimina o cego, evidenciando um paradoxo na justiça e na percepção dos fatos.

Este conto, portanto, não se limita a narrar um episódio isolado de revolta contra a falta de iluminação em um trem, mas expande sua crítica para refletir sobre as injustiças e desigualdades sociais. Através dos personagens de João Virgulino e do cego, Alcântara Machado ilustra a complexidade da condição humana e a busca incessante por dignidade e justiça. A obra permanece relevante, ecoando as lutas contemporâneas por direitos e reconhecimento, e ressaltando a capacidade coletiva de reagir e adaptar-se diante das adversidades.

Na escuridão da injustiça, a busca por um facho de luz é uma coletiva jornada ao reconhecimento.

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1 ano ago Personal, Reflexão Social • Tags: Pictures, Social Media, Sports, Tips, Women

Acordado! Olhos abertos e quase perdendo o foco, ele volta para si mesmo e questiona: “Será que vale a pena?” Repetindo internamente, procura entender o que lhe dá ânimo, por mais estranho que pareça.

Busca respostas e muitas delas lhe parecem claras, mas ainda assim ele murmura, questionando como é possível: acordar cedo, vestir-se às pressas, sair sempre no mesmo horário, às vezes um pouco atrasado, percorrer seu caminho até o trabalho, suportar muitas vezes um ambiente hostil e desanimador – ao qual, no entanto, ele já se acostumou.

Rindo de piadas rotineiras e de mau humor disfarçado, algo que ele suporta de maneira branda e comum. As nove horas seguintes do dia seriam apenas isso, sem maiores emoções ou acontecimentos fora do controle. Claramente, trata-se de uma rotina, simples e direta. Sem grandes novidades ou surpresas agradáveis, exceto por algumas desagradáveis que são previstas e toleradas para não agravar eventos futuros. Ele simplesmente aceita.


Aceita porque precisa do dinheiro que aquele ambiente oferece, sem rodeios ou discussões, é isso e ponto final.

E você, também aceita? Afinal…

É apenas o dinheiro que o faz pensar assim, e é difícil aceitar à primeira vista, mas no fundo, bem no fundo, ele sabe que é por isso e ponto final. Alguns, mais altruístas, já nascem sabendo disso, e a grande maioria é mulher.

Apesar das entrelinhas, o mundo gira em torno desse combustível, capital e desigualdade. Primeiro se extrai da terra, depois da fauna e flora, e mais tarde de nós mesmos, para satisfazer aqueles que têm mais, e não é apenas dinheiro que conta nessas horas. Quem tem mais, seja em dinheiro ou no que pode oferecer, incluindo itens imateriais, ganha vantagem. Ganância, vontade, ambição e outras qualidades semelhantes preenchem essa lista.

Surge então a questão: o capital é o combustível, mas o que realmente alimenta esse combustível, além do papel, é claro. Fala-se de um aspecto espiritual, intangível e sem valor numérico. Esses dois elementos juntos ainda não encontraram uma harmonia funcional. Dinheiro + Vontade = Dinheiro, que gera mais vontade e assim por diante, uma sequência infinita. Enfrentar a vida como homem é uma tarefa árdua e exaustiva que percorre a história desde os registros mais antigos, sabendo que no final sempre haverá uma recompensa, um retorno para satisfazer suas necessidades, quaisquer que sejam, desde a fome até a autorrealização.

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1 ano ago Inspiração, Reflexão, Reflexão Social • Tags: Ambiente de trabalho, Busca por significado, Contemplação, Desafios da vida moderna, Despertar cedo, Equilíbrio trabalho-vida, Filosofia de vida, Reflexão pessoal, Resiliência, Rotina diária

DALL·E 2024-03-24 02.24.25 - Recreate the iconic image in a 16_9 format, capturing a group of people from various walks of life wearing 3D glasses. They are seated in rows, lookin

A Servidão Moderna

O consumo excessivo das massas e o domínio do capital sobre o poder público não são nada mais do que reflexos da nossa capacidade natural de estar no topo da cadeia alimentar. A mercadoria, porém, é o combustível para o capital gerar mais combustível, ou seja, mais mercadoria que gerará mais e mais combustível, em um ciclo interminável que poderá gerar o nosso fim. Somos reféns da nossa causa e causadores da nossa extinção. A desigualdade causada pela má distribuição de renda e consumo excessivo de uns perante outros é simplesmente reflexo dessa natureza; contudo, nenhuma natureza terrestre é tão desigual quanto a do homem, talvez por ser muito mais competitiva e violenta que qualquer outra. Os meios nos trazem o que consumir, e só esses meios são os principais fatores nessa corrida “sem pódio ou beijo de namorada”… O rádio, carro, televisão, computadores e celulares são os principais meios de comunicação, permitindo que as mercadorias cheguem até nós de qualquer lugar da Terra, facilitando até mesmo o transporte material, visual e digital dessas mercadorias. As publicidades governamentais, privadas ou sem fins lucrativos não são nada mais do que formas de avisar, informar e, por que não, conscientizar aqueles que estão retardatários dentro dessa competição. A igualdade, assim como tratou o documentário, talvez nunca seja solucionada e alcançada; entretanto, da mesma forma que os meios de comunicação ajudam nos transportes de mercadorias e produtos, eles também ampliam o conhecimento e avisam que situações de extrema pobreza existem e estão por todo o mundo, possibilitando e, por que não, uma busca para que isso tenha fim. Resta então questionar apenas se a felicidade de que tanto se fala está sendo buscada ou sequer alcançada. Em minha opinião, não se trata de felicidade ou querer estar feliz, pois essa felicidade não é nada mais do que uma mercadoria, igual à que o documentário está taxando de condenatória e superficial, tentando vendê-la da mesma forma que a condena. Escravo ou não, nós somos singulares e queremos uma fatia do bolo. Apesar da nossa singularidade e egoísmo, somos seres coletivos e isso ainda é a forma mais eficaz de nos mantermos vivos; por isso, a busca incessante por mais mercadorias continuará, mais rápida e, quem sabe, mais eficaz, podendo levar mais para quem tem de menos. O poder não deve ser conquistado; ele já é nosso.

“Revolução eu fazer de maneira diferente, tiro o ódio do coração e tenta usar mais a mente”,
Stab – Planet Hemp

Análise e posição sobre o documentário A Servidão Moderna, de Jean-François

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1 ano ago Categorias, Critica Social, Crônica, Cultura, Psicologico, Reflexão, Reflexão Social • Tags: comportamento, cultura, futuro, moderna, modernidade, pessoas, servidão, tecnologia

Mulheres! Quem São e o Que Querem

Mulheres! Quem são e o que querem?

Dê de mais a elas e ganhe de menos; dê de menos e talvez elas queiram de mais. Ainda que ganhem de tudo, simplesmente não estarão felizes se não houver sentimento. E para conquistá-las de vez, deixe junto uma dedicatória sincera e apaixonada; elas simplesmente sorrirão sozinhas e brilharão os olhos.

Talvez elas sejam de fato bobas, burras e choronas, mas ainda assim eu as adoro. Assumo isso sem problema nenhum. Assumo também que não conseguiria viver sem uma companhia feminina. O problema é encontrar alguém que realmente vale a pena investir tempo, coragem e, acima de tudo, sinceridade! Afinal, eu as adoro, mas não posso oferecer tudo isso a todas, e mesmo que pudesse, não seria justo com elas, comigo e muito menos com o bom senso de ambos.

Encontrar alguém para dividir intimidades é realmente exaustivo e pertinente. Por mais que se cruze com dezenas, centenas ou milhares de pessoas por dia, você nunca vai saber quem pode ser perfeito para você. E ainda mais importante que isso, você nunca vai saber se é o número da pessoa que você se sentiu atraído, seja por alguma coisa que ela está vestindo, pelo corte de cabelo, pela roupa curta ou pela tatuagem que lhe atraiu as duas cabeças. Você só terá certeza após conhecê-la, após haver trocado fluidos e pensamentos.

Quando deixamos de conhecer alguém, deixamos uma oportunidade para trás; deixamos uma porcentagem, por menor que ela seja, de encontrar uma pessoa interessante. Por isso, afirmo que a ausência de educação dispersa a ausência de simpatia, que por sua vez afasta os elogios e a beleza que existe nela, na minha humilde opinião. Prefiro as que dão sorrisos às que são fechadas e cheias de ego. Prefiro as que cumprimentam desconhecidos às que erguem o pescoço e seguem dentro do seu mundo afora. Prefiro as que fazem o que querem e com quem querem, quando querem, às que ficam fazendo fachada de boa moça para não deixar que falem delas no outro dia.

Mulheres autênticas não precisam de favores, não se iludem com promessas rápidas, e quando escolhem alguém para trocar intimidades, quase sempre é para sempre. E não confunda intimidade com sexo ou pegação; associe intimidade a pensamentos íntimos e reais, coisas que você só conta para melhores amigos ou para você mesmo. Pois no final de tudo, a única coisa que o tempo deixa sobrar é a intimidade de uma boa conversa, a intimidade de uma troca de sorrisos e, por mais ruim que seja, a intimidade de uma briga verdadeira e sufocante, de algo que você já não aguentava mais.

Talvez cruze com alguém que me remeta a tais intimidades. Enquanto isso, continuo me perguntando: mulheres, quem são e o que querem?

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1 ano ago Ensaio, Reflexão • Tags: mulher, mulheres, relacionamentos, relações

amores possiveis

Amores Possíveis

Serei contaminado por amores futuros,
Diante do que estou vivendo agora;
Saberei distinguir amores possíveis.

Quando alguém que me faz bem
Deixar de me fazer tal bem,
Suavizarei meus pensamentos
Com lembranças e momentos.

Totalmente adoecido em sentimentos,
Curarei meu coração com amores futuros,
Identificando amores possíveis.

Experimentar ter você No momento é tudo perfeito,
Mas, daqui a tempos, tudo será exagero.

Longe de mim querer você para sempre,
Apenas eternizarei enquanto for durável.
Identificando assim se esse nosso amor é possível.

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2 anos ago Poema, Romance • Tags: pensamento, poema, reflexão, texto

Firefly pessoa refletindo sobre a vida em um navio com compasso com horizonte lindo e pássaros no cé

Compasso

A crença em estar sempre certo, ao tomar determinadas atitudes e moldar nossos pensamentos, pode se tornar uma armadilha enganosa. Quando simplesmente ignoramos opiniões divergentes, transformamos essa crença em um orgulho ressentido. Em vez de desconsiderar, deveríamos questionar, perguntar e buscar esclarecimento. Esta é a maneira mais simples e eficaz de transformar o desconhecido em algo familiar.

O conhecimento é vasto e expansivo. Nada se renova sem passar pelo crivo do questionamento; nada se torna verdadeiramente original sem ser compartilhado. Ele é cumulativo, e nos impele a estudar, refletir, compreender e, acima de tudo, compartilhar. Ao imaginarmos e discernirmos o conteúdo, somos capazes de priorizar resultados significativos.

Num espetáculo, não podemos todos ser meros espectadores. Se assim fosse, o show nunca começaria, as cortinas jamais se abririam e os sorrisos seriam meramente protocolares. Sempre haverá aqueles que pensam e agem pelos outros, que se dedicam a fazer o bem em prol do coletivo. Mesmo assim, há um prazer genuíno nisso tudo. Todos carregamos uma esperança intrínseca, não é verdade? Acreditamos, inabalavelmente, em dias melhores e na coesão que faz todo esse esforço valer a pena. Porque, afinal, se não acreditarmos, o que sentido teria?

Cada dúvida, cada desafio, é uma oportunidade de crescimento e evolução. Ignorar a diversidade de perspectivas é negar a riqueza do aprendizado. Ao acolher a pluralidade de ideias, somos capazes de expandir nossos horizontes e enxergar além dos limites do que é familiar.

O mundo é um vasto repositório de sabedoria, esperando para ser descoberto e compartilhado. Ao abraçarmos a humildade de aprender com os outros, damos um passo em direção ao enriquecimento mútuo. Portanto, que possamos sempre lembrar que o verdadeiro saber reside na capacidade de questionar, ouvir e aprender uns com os outros.

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2 anos ago Inspiração, Reflexão • Tags: compartilhamento, empatia, espetáculo, familiar, outros, pessoas, show

Forum_Romanum_Rom Lei Justiça vacuo

Homens da Lei

Se refletirmos sobre o passado, é evidente que a violência sempre foi e, por algum tempo, continuará a ser empregada pelos seres humanos na sociedade, sob o controle de leis e estratificações sociais. Surge um estranhamento ao considerarmos valores e o conceito de uma pessoa “boa”. A sociedade estabelece regras inquestionáveis, uma linha invisível que seguimos ao longo da história.

Então, questionamos: para onde estamos nos dirigindo? Onde estão nossos valores, nosso respeito? Percebemos que, aparentemente, não temos mais opções; resta apenas o declínio.

No entanto, com otimismo e fé, a justiça ainda pode superar as expectativas. Podemos pensar que a situação poderia ter terminado de maneira pior. Ou, ao voltarmos ao passado, poderia ter um desfecho mais sombrio do que o atual.

Ao analisarmos ambas as perspectivas, a primeira nos leva a crer que estamos piorando progressivamente, rumando inevitavelmente para o fracasso, de maneira suave e tranquila. Já a segunda opção nos coloca diante do que já fomos e do que podemos nos tornar, sugerindo uma melhoria gradual. Optar pela primeira forma de pensamento significa aceitar o fracasso como destino humano. No entanto, ao escolher a segunda opção, vislumbramos uma possibilidade de melhoria, considerando que no passado as condições eram mais adversas.

Por que não escolher a segunda opção? Pensemos nas pessoas que desejam agir corretamente, mas ainda não sabem como. Viemos de um mundo onde a competição é necessária, seja por dinheiro ou sobrevivência. Todos os seres vivos procuram manter-se, recorrendo à violência se necessário. A única espécie que trocou isso por algo valioso e disputado nos dias de hoje somos nós, os seres humanos. Após adquirirmos dinheiro, o transformamos em sociedade, buscando assim nos aproximar do próximo, ter contato e sermos sociais, independentemente de raça, etnia, religião ou sexo. Por isso, afirmo que ainda estamos longe do sucesso, mas estamos caminhando em direção a ele.

Somente quando a violência chegar ao fim seremos verdadeiramente ricos, em todas as formas possíveis.

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2 anos ago Filosofia, Reflexão, Reflexão Social • Tags: Ensaio, Homens da Lei, Justiça, Justiça Social, Lei, pensamento, reflexão

Firefly pensando, refletindo, luzes da cidade, janela com vista noturna 15854

Premeditei meu Coração

Assim como em outras ocasiões, premeditei meu coração. Estava sozinho e por isso me entreguei, não de corpo e alma, mas de coração. Permiti-me ser seduzido por maquiagem e um sorriso cativante, uma beleza que para alguns era encanto, e para outros, charme. Hoje, aos meus olhos presentes, vejo que não passava de ilusão. Agora acredito que meus olhos seriam capazes de discernir o que verdadeiramente deve atrair. Isso, sem dúvida, vai muito além de meramente agradar aos olhos com uma beleza estética. É uma premissa que, mais cedo ou mais tarde, ao buscar respostas ou simplesmente reflexões, perceberá que elas emergem sem artifícios, sem a maquiagem daquilo que as pessoas tendem a imaginar ao antecipar seus desejos e medos. É uma situação que surge sem aviso prévio, que simplesmente floresce, e quando se dá conta, estará envolto pelo encanto, pela beleza, e às vezes pelo perfume. Claro, sorrisos ajudam, mas o que verdadeiramente perturba é o antecipar, o premeditar, acreditar que, por estar com alguém que agrada aos olhos, irá, por certo, conquistar também o coração.

A maturidade me trouxe a compreensão de que a verdadeira conexão vai além da superfície. É a profundidade dos sentimentos e a sintonia das almas que alimentam os laços duradouros. Aos poucos, aprendi a valorizar a autenticidade, a entrega genuína e a capacidade de compreender as nuances do coração.

Às vezes, nos deixamos envolver por aparências, mas percebo agora que a verdadeira essência de uma pessoa se revela com o tempo. São os gestos desinteressados, as palavras sinceras e a empatia que constroem alicerces sólidos em qualquer relação.

A ilusão da superficialidade cede espaço para a busca pela profundidade emocional. Aprendi a apreciar as conversas que vão além do trivial, as trocas de experiências que enriquecem a alma e os momentos de silêncio compartilhados, onde as emoções falam mais alto do que as palavras.

Hoje, enxergo a beleza na autenticidade, na capacidade de se mostrar vulnerável e na coragem de enfrentar os desafios do coração. Valorizo cada riso genuíno, cada lágrima sincera e cada abraço que transmite calor humano.

O tempo me ensinou que a verdadeira conexão é um encontro de almas, uma dança de sentimentos que transcende qualquer ilusão superficial. E é nessa dança que encontro a verdadeira essência do amor e da verdadeira gratificação do coração.

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2 anos ago Prosa Poética, Reflexão • Tags: autenticidade, Conexões Humanas, coração, Maturidade Emocional, reflexão, relações

Firefly Message to the Stars, space, astronaut 16775

Mensagem para as Estrelas

Escrevo-te para que saibas que nosso afeto não surgiu por mero acaso. Em momento algum encarei esse fato como apenas mais um episódio na minha jornada. Acredito firmemente que as coisas não ocorrem por mera casualidade. A cada instante, em algum lugar do universo, algo está acontecendo, e com cada ocorrência, uma nova estrela surge, trazendo consigo um brilho inédito. Dentro deste vasto panorama, minha reflexão me leva a pensar que nossas estrelas foram, talvez, ingênuas, simples entre tantas outras, destinadas a permanecer no alto, onde aspiramos um dia estar. Elas servem como testemunhas, mostrando àqueles que estão por nascer que o amor é uma construção, não apenas uma atração passageira.

No porvir, em noites aparentemente comuns, erguerei meus olhos para o céu e, instantaneamente, minha memória irá evocar a tua imagem, juntamente com as pessoas que passaram pela minha vida, como pequenas estrelas que não transitaram apenas de passagem. Terei satisfação em recordar todos, inclusive a mim mesmo. Consciente de que o inevitável um dia chegará, serei suficientemente maduro para compreender que nem tudo é perfeito, muito menos eterno. Reconhecerei que a memória é implacável ao preservar momentos perfeitos, imortalizando assim uma pessoa, um lugar e uma luz única.

Quando permites, simplesmente me deleito, mergulho em um estado de contemplação, nutrindo um sentimento de afeição. A verdade surge suavemente, sem pressa ou prolongadas introduções. O todo permite que algo que já estava alinhado e, quem sabe, predestinado, se desenrole.

A única certeza que possuo é de que não devemos considerar as coisas como ordinárias o tempo todo. Nada é fruto do acaso; os eventos fluem em meio a outros, acontecendo sem interrupções, como as águas de um rio que correm incessantemente. As pessoas colidem e, por vezes, se deixam escapar, permitindo-se desvanecer. Tudo o que podemos ganhar com sorte é infinitamente mais valioso do que o que poderíamos perder por azar. Quando possuo, guardo sob meus olhos, preservo no mais profundo do meu ser, pois considero de grande valor manter vivos os focos de luz para aqueles que nos aceitam tal como somos. Desejo apenas retribuir o que se tornou evidente, preservando de maneira suave e tranquila. O poder de decisão é de cada um, e preservar por pura afeição vai muito além de exigir atenção, transcende a cobrança de afeto; é, simplesmente, deixar a própria luz brilhar.

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2 anos ago Poema, Reflexão • Tags: estrela, estrelas, pensamento, reflexão, texto

Firefly human connections and the wonder of an ever-evolving world. 41386

Uma Constante

Uma vez, uma amiga me disse que estamos no topo da cadeia alimentar não apenas por sermos a única espécie viva e inteligente o suficiente para compartilhar o que aprendemos, mas também porque sou curioso, insistente e teimoso.

Se algo é certo nesta vida, além da morte, é que o aprendizado é constante, e o que é seu por direito não pode ser tirado, mas pode ser compartilhado e passado adiante.

A construção de laços entre pessoas ocorre por meio da troca, seja de bens tangíveis, costumes arraigados ou simplesmente conversas.

A cada novo dia, um mundo se apresenta diante de nós. Já me questionei quantos pores do sol podem ter ocorrido desde que cheguei aqui. Novos rostos, sorrisos distintos, formas variadas de pensar, comunicar-se e agir, todos contribuindo para nossa evolução e para defendermos o que é correto quando necessário.

Também já me perguntei quantas milhares de pessoas acordam de manhã sem nutrir a alma, sem fazer perguntas, muitas vezes consumidas por preocupações com contas e dinheiro.

Sinto-me como uma criança verdadeira ao ouvir uma frase como a de minha amiga. Sabemos que uma criança aprende o que lhe é ensinado, e isso é transmitido de geração em geração. A partir disso, acredito ser capaz de identificar vários equívocos, oferecendo soluções reais e claras, diversas maneiras de solucionar problemas, sejam eles cotidianos ou de maior envergadura. Contudo, esta é uma discussão para outro momento, uma que exigirá mais leituras e reflexões.

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2 anos ago Categorias

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