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Antes de ler você precisa saber que o “Apólogo Brasileiro sem Véu de Alegoria”, de “Alcântara Machado”, é um conto que narra um episódio peculiar ocorrido durante uma viagem de trem de Magoarí para Belém. O ponto central da trama é a reação dos passageiros à ausência de luz dentro do vagão, o que serve de metáfora para questões mais amplas como desconforto, negligência e a busca por justiça.

O conto começa com os passageiros se acomodando em um vagão escuro, sem iluminação adequada, o que já estabelece um tom de desconforto e insatisfação. A situação toma um rumo inesperado quando um cego, paradoxalmente, reclama da falta de luz, desencadeando um debate entre os passageiros sobre como lidar com a situação. Esse momento destaca a ironia e o absurdo da situação, com o personagem menos provável – o cego – iniciando o conflito.

João Virgulino, um dos passageiros, emerge como uma figura central ao explorar possíveis soluções para o problema. As sugestões variam desde a violência até formas mais pacíficas de protesto, mas nenhuma parece viável. Em um ato de frustração e rebeldia, João decide arrancar o banco em que está sentado e jogá-lo para fora do trem, um gesto que rapidamente é seguido pelos outros passageiros, transformando-se em um ato coletivo de protesto.

O trem chega ao seu destino e as consequências do ato de revolta dos passageiros rapidamente se espalham pela cidade, atraindo a atenção da mídia e das autoridades. Um inquérito é aberto para investigar o incidente, e de forma irônica e injusta, o cego é identificado e punido como o responsável pelo motim, evidenciando a ineficiência e a injustiça do sistema em lidar com as verdadeiras questões em jogo.

Com isso, que se faça luz na escuridão

O conto “Apólogo Brasileiro sem Véu de Alegoria”, de Alcântara Machado, traz à tona a essencialidade da luz, ou melhor, a sua ausência, desencadeando um turbilhão de eventos na narrativa. O autor, habilmente, vai além da simples falta de iluminação ou do comentário de um cego para revelar a verdadeira causa do tumulto no trem de Magoarí para Belém: a insatisfação dos personagens com o desconforto e a falta de consideração humana dentro dos vagões escuros.

A ironia se destaca na obra, com o cego, aparentemente alheio ao cerne do problema — a luz, ou a falta dela — sendo o gatilho para o conflito. Este personagem, sem interesse direto na questão da iluminação, incita os demais passageiros a reagir, não necessariamente para solucionar o problema, mas como um impulso inicial para expressar seu descontentamento com a situação precária.

João Virgulino, um dos passageiros, busca alternativas e questiona os outros sobre possíveis ações. As sugestões variam desde extremos, como matar o chefe do trem, até propostas mais pacíficas, como organizar uma passeata. Eventualmente, sem opções viáveis, João inicia um ato de vandalismo, arrancando e jogando para fora do trem o banco em que estava sentado. Este ato de rebeldia, apoiado pelos demais passageiros, transforma-se em um símbolo de protesto contra as condições adversas.

O episódio ganha notoriedade na chegada à cidade, com a mídia local divulgando o ato de motim dos passageiros. A atenção das autoridades leva à instauração de um inquérito, que ironicamente incrimina o cego, evidenciando um paradoxo na justiça e na percepção dos fatos.

Este conto, portanto, não se limita a narrar um episódio isolado de revolta contra a falta de iluminação em um trem, mas expande sua crítica para refletir sobre as injustiças e desigualdades sociais. Através dos personagens de João Virgulino e do cego, Alcântara Machado ilustra a complexidade da condição humana e a busca incessante por dignidade e justiça. A obra permanece relevante, ecoando as lutas contemporâneas por direitos e reconhecimento, e ressaltando a capacidade coletiva de reagir e adaptar-se diante das adversidades.

Na escuridão da injustiça, a busca por um facho de luz é uma coletiva jornada ao reconhecimento.

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