Acordado! Olhos abertos e quase perdendo o foco, ele volta para si mesmo e questiona: “Será que vale a pena?” Repetindo internamente, procura entender o que lhe dá ânimo, por mais estranho que pareça.
Busca respostas e muitas delas lhe parecem claras, mas ainda assim ele murmura, questionando como é possível: acordar cedo, vestir-se às pressas, sair sempre no mesmo horário, às vezes um pouco atrasado, percorrer seu caminho até o trabalho, suportar muitas vezes um ambiente hostil e desanimador – ao qual, no entanto, ele já se acostumou.
Rindo de piadas rotineiras e de mau humor disfarçado, algo que ele suporta de maneira branda e comum. As nove horas seguintes do dia seriam apenas isso, sem maiores emoções ou acontecimentos fora do controle. Claramente, trata-se de uma rotina, simples e direta. Sem grandes novidades ou surpresas agradáveis, exceto por algumas desagradáveis que são previstas e toleradas para não agravar eventos futuros. Ele simplesmente aceita.

Aceita porque precisa do dinheiro que aquele ambiente oferece, sem rodeios ou discussões, é isso e ponto final.
E você, também aceita? Afinal…
É apenas o dinheiro que o faz pensar assim, e é difícil aceitar à primeira vista, mas no fundo, bem no fundo, ele sabe que é por isso e ponto final. Alguns, mais altruístas, já nascem sabendo disso, e a grande maioria é mulher.
Apesar das entrelinhas, o mundo gira em torno desse combustível, capital e desigualdade. Primeiro se extrai da terra, depois da fauna e flora, e mais tarde de nós mesmos, para satisfazer aqueles que têm mais, e não é apenas dinheiro que conta nessas horas. Quem tem mais, seja em dinheiro ou no que pode oferecer, incluindo itens imateriais, ganha vantagem. Ganância, vontade, ambição e outras qualidades semelhantes preenchem essa lista.
Surge então a questão: o capital é o combustível, mas o que realmente alimenta esse combustível, além do papel, é claro. Fala-se de um aspecto espiritual, intangível e sem valor numérico. Esses dois elementos juntos ainda não encontraram uma harmonia funcional. Dinheiro + Vontade = Dinheiro, que gera mais vontade e assim por diante, uma sequência infinita. Enfrentar a vida como homem é uma tarefa árdua e exaustiva que percorre a história desde os registros mais antigos, sabendo que no final sempre haverá uma recompensa, um retorno para satisfazer suas necessidades, quaisquer que sejam, desde a fome até a autorrealização.
O Dilema do Conhecimento
A fé e o orgulho frequentemente caminham juntos.
Acreditar que estamos corretos ao adotar certas atitudes ou pensamentos é, na verdade, uma ilusão. Essa fé se transforma em orgulho quando optamos por ignorar as opiniões alheias, acreditando que é correto fazê-lo em vez de questionar. Questionar e esclarecer dúvidas é a maneira mais simples de descobrir o que antes era desconhecido.
O conhecimento, oposto do desconhecido, é vasto e incontestável. Nada se renova sem ser criticado, nada se torna original sem ser questionado.
Sejamos honestos!
O conhecimento é sempre acumulativo; nada surge do vazio. É necessário estudar e refletir, conhecer e compartilhar, imaginar e realizar algo que, para alguns, parece apenas perda de tempo.
Se todos fossem meros espectadores, o espetáculo não aconteceria, as cortinas não se abririam e os sorrisos não seriam genuínos.
Sempre haverá quem pense pelos outros, quem aja pelos outros e quem sofra pelos outros, e ainda assim, é possível encontrar prazer nisso tudo. Afinal, todos nós temos esperança, não é mesmo? Sempre acreditaremos em dias melhores e estaremos dispostos a achar que tudo isso realmente faz sentido (o positivismo nos trouxe até aqui, afinal). Porque, se não fizesse sentido, não teria a menor graça continuar, não haveria razão para alcançar.
1 ano ago Inspiração • Tags: Pictures, Social Media, Sports, Tips, Women